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Wajngarten defende que seja feita ‘uma limpa’ no PL para 2026

O advogado e ex-chefe da comunicação do governo Bolsonaro Fabio Wajngarten defendeu nesta segunda-feira, 14, que seja feita uma limpa no partido liberal (PL). A ideia do político é que a sigla expulse membros dissonantes do núcleo bolsonarista central.

A defesa foi feita nas redes sociais a partir da disputa interna pela qual o PL passa em Pernambuco, entre o ex-ministro do Turismo Gilson Machado e o presidente estadual da legenda, o ex-deputado federal Anderson Ferreira (conhecido nacionalmente pela autoria do projeto de lei do Estatuto da Família).

“Eu não sei quem é esse presidente do PL e nem quero saber. Com toda certeza esse infeliz alpinista sabe que o Gilson é um dos mais próximos e leais ao presidente [Jair Bolsonaro] e que Gilson está com inúmeras cautelares judiciais nesse momento, com toda a família abalada emocionalmente. Gilson teve mais de 1,3 milhão de votos para o Senado em 2022, merece todo o nosso respeito e admiração. Ao invés de prestar solidariedade, ser amigo e promover a união, vai na imprensa e adjetiva um ‘colega de partido’. É por isso que é necessário outra limpa no PL. É inadmissível uma fala dessa nesse momento. Meu abraço ao meu amigo Gilson Machado, que em breve voltará ainda muito mais forte”, escreveu Wajngarten.

A crítica de Ferreira citada pelo advogado foi feita em entrevista ao jornal Folha de Pernambuco, que repercutiu uma reportagem da edição impressa de VEJA desta semana. No momento, Ferreira disse que Machado é egocêntrico e que o projeto pessoal dele não pode se sobrepor ao projeto do PL. Ambos disputam internamente a posição de candidato ao Senado em 2026.

“Você sabe qual o maior inimigo da águia? É o corvo negro. Ele voa no campo da águia e fica bicando a asa da águia, incomodando. Sabe o que a águia faz? Ela voa mais alto, ela sobe o nível. O corvo negro vai tentar voar, perde oxigênio e cai. A minha resposta para tudo isso é só subir o nível. Quando seu inimigo tentar te atacar, sobe o nível”, falou Ferreira.

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Ferreira também lembrou que está no PL desde 2008 e que é próximo do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto. “Quem vai escolher [quem será o candidato] é o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, que já me deu carta branca em várias entrevistas (…) Estou desde 2008 no partido, a construção de todo o fortalecimento do partido que se tornou hoje, no Brasil e em Pernambuco, passou por nós”.

Diferentemente dele, Gilson Machado ingressou no partido em 2022, junto do ex-presidente Jair Bolsonaro, em um movimento que transformou a sigla e a tornou uma das maiores do Brasil. Por vezes e em vários estados, membros antigos e novos representam alas opostas no partido.

“Um projeto pessoal não pode se sobrepor ao projeto do partido. Você se autointitular candidato (…), o individualismo não pode ser levado [adiante]. Isso confunde a direita sobre o que é realmente o papel de quem lidera um processo como esse. Liderar é unir, é buscar diálogo (…). A gente tem que construir um projeto para fortalecer a direita, não um projeto pessoal”, criticou Anderson Ferreira.

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“Com certeza, haverá a consolidação de um nome só [para disputar uma vaga ao Senado em 2026]. Não caberiam dois nomes, até porque tem que ter um candidato a governador. E a estratégia hoje é manter e fortalecer o Senado. Então tem que ter um candidato que companha uma chapa, ou até ser um candidato independente [sem candidato ao governo] com alinhamento a um candidato a presidente de direita. Isso é mais lógico e racional. Fora disso é alucinação ou gente que não tem experiência política nenhuma e fica falando um bocado de asneira por aí”, finalizou.

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