Na semana passada, um homem de 31 anos faleceu após lavar o banheiro com água sanitária, em Divinópolis, Minas Gerais. O mesmo aconteceu com uma mulher de 63 anos, em Goiânia, em abril deste ano. Os casos chamaram a atenção nas redes sociais, e o que não faltam são relatos de pessoas compartilhando histórias de familiares que morreram da mesma forma.
Diante das ocorrências, o Ministério da Saúde usou as redes sociais, nesta segunda-feira, 14, para orientar a população sobre o uso da substância. “Muita gente pensa que está só ‘caprichando’ na limpeza, mas misturar a água sanitária com outros produtos ou com água quente pode liberar vapores tóxicos e perigosos à saúde”, alertou o ministério.
Isso acontece porque a água sanitária (a famosa “cândida”) é feita à base de hipoclorito de sódio, uma substância que, quando combinada com alguns tipos de produtos, como ácidos, vinagre, desinfetantes, limpa-pisos ou amoníaco, pode liberar gases tóxicos. Um dos principais riscos é a formação do gás cloro, altamente irritante para os olhos, o nariz e os pulmões. Além disso, o uso de água quente com água sanitária acelera a liberação desses gases, mesmo sem que haja mistura com outros produtos.
Entre os sintomas da intoxicação estão tontura, náusea, tosse, dificuldade para respirar, irritação nos olhos, nariz e garganta e, em casos mais graves, edema pulmonar com risco de morte.
Como usar a água sanitária de forma segura?
Além de não misturar o produto com outras substâncias ou com água quente, a primeira recomendação do Ministério da Saúde é consultar o rótulo para verificar a proporção exata de diluição e quais produtos podem ou não ser usados junto com ele. Também é importante:
-
Manter janelas e portas abertas durante o uso
-
Fazer a diluição prévia em um balde
-
Permanecer o mínimo de tempo possível no ambiente antes de remover a água sanitária
