counter Shibari, a prática japonesa de amarração erótica, hit nas redes sociais – Forsething

Shibari, a prática japonesa de amarração erótica, hit nas redes sociais

Kel Macettare, 41 anos, criadora de conteúdo adulto, natural de Florianópolis (SC), atua em plataformas de vídeo sob demanda voltadas ao público adulto. Em uma de suas publicações recentes, ela compartilhou como funciona a técnica de Shibari, prática japonesa de amarração erótica – que anda fazendo sucesso em postagens nas redes sociais. Com o uso de cordas para criar padrões e posições no corpo, combinando estética e erotismo. Kel conta que conheceu a prática há cerca de dois anos; e desde então buscou formação com profissionais da área para realizar as sessões com segurança.

Já tendo ficado amarrada por mais de uma hora, descreve a experiência como física, emocional e artística. Uma sessão exclusiva com essa temática pode custar entre 5 mil e 7 mil reais, dependendo do nível de personalização, tempo de gravação e ambientação do vídeo. Quem produz as amarrações de Kel, denominado no Shibari como rigger, é o fotógrafo Cypris, 32. Ele explica que a prática erótica entra no campo da restrição de movimento, mas não é necessariamente sexual. A ideia é que a partir do uso de cordas de juta, de fibra natural, você restrinja o movimento de outra pessoa, levando em conta o lado estético.

“O erotismo se constitui por uma forma de descobrir o outro, desvelar o outro e nesse processo você também se descobre. A base é o diálogo e o respeito. O primeiro passo antes de uma prática é conversar com a pessoa, entender por que ela quer fazer aquilo, quais são os interesses, quais são os objetivos. Enquanto pessoa que está conduzindo o processo, sei até onde posso ir, até onde a pessoa às vezes pode ir, porque tenho que ter a responsabilidade de falar não para situações extremas. A emoção tem que estar lá, o libido tem que estar lá, mas a gente tem que ter sempre a racionalidade por trás. A gente faz toda uma anamnese, descobre se a pessoa tem algum trauma físico, um ombro deslocado, se ela tem uma questão de trauma emocional, alguma restrição. Se qualquer uma das pessoas envolvidas falar a palavra de segurança, aquilo se encerra na hora. A gente desamarra e faz um aftercare, prática de cuidado. Desamarra e acolhe a pessoa, faz às vezes uma comida gostosa, aquece. Sempre tem esse acordo. O Shibari tem um risco envolvido, de dano em nervos, perda de mobilidade, algum tipo de lesão e trauma, são coisas que podem acontecer. A segurança é mais importante que qualquer desejo”.

Publicidade

About admin