O ministro da Casa Civil, Rui Costa, voltou a criticar a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor taxas elevadas a produtos brasileiros e disse que a família do ex-presidente Jair Bolsonaro se comporta como sequestradores dos interesses do país.
O auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a medida de Trump como absurda e pontuou que é inaceitável que o americano tente fazer chantagem com o governo brasileiro para tentar beneficiar Bolsonaro, reú no STF na ação penal que investiga a trama golpista.
“Ou você liberta quem está respondendo a um processo criminal ou nós vamos penalizar a população, os empresários e a economia brasileira. É um negócio inaceitável e nós vamos, mais do que nunca, dizer em alto e bom som que o Brasil é independente de todo e qualquer país e preza por sua soberania”, disse Costa.
Ele explicou que o grupo de trabalho responsável por analisar o tema se reunirá esta semana para debater medidas e deixar engatilhado o decreto de regulamentação da lei da reciprocidade. “Vamos analisar as medidas e prepará-las até 1 de agosto. Se essa tarifa for efetivada de fato, porque ele [Trump] já anunciou e mudou de posição algumas vezes em relação a outros países, nós adotaremos várias medidas para proteger o interesse da economia brasileira, do emprego e da atividade econômica do nosso país”.
O chefe da Casa Civil disse que o governo já está buscando abrir outros mercados para destinar os produtos brasileiros e destacou que “o Brasil não ficará de cabeça baixa, não ficará refém”.
“O que me entristece é ver brasileiros eleitos traírem seu povo para defender outra nação. É algo medíocre. Vi os vídeos dos filhos dele [Bolsonaro]. Parece aqueles vídeos de filmes de sequestradores. O cara começa a estipular condições: o senhor faz o que eu quero ou vocês vão sofrer as consequências. Parece vídeo de sequestrador. Isso ficará registrado como uma lembrança triste na história do país assim como ficou o governo dele”, concluiu.