Eduardo Bolsonaro não trabalha mais para o Brasil e o parlamento brasileiro — se é que um dia trabalhou. Agora, exerce, “full time” o ofício de puxa-saco dos Estados Unidos para inflar a extrema-direita liderada por seu pai, Jair Bolsonaro, enquanto busca seu próprio projeto político mirando 2026.
Há dois dias, o deputado licenciado lia a postagem de Donald Trump mostrando enorme orgulho no fato de que o presidente americano fazia uma defesa enfática do líder da extrema-direita brasileira, apontando, de forma mentirosa, a tal “caça às bruxas” e o “julgamento político” contra Bolsonaro.
O ex-presidente brasileiro tentou abolir o estado democrático de direito no país, como mostram as vastas provas do processo da trama golpista que de político não tem nada — apesar, sim, de alguns erros crassos do relator Alexandre de Moraes.
Mas o mais grave da história é que, enquanto lia a postagem de Trump, Eduardo sinalizou que já sabia o que viria pela frente: a absurda taxação em 50% de produtos das empresas brasileiras, num movimento ideológico sem precedentes de Trump em favor do Bolsonaro pai por conta do processo no Supremo Tribunal Federal.
Vejam o que disse o deputado licenciado antes do anúncio da absurda taxação que terá efeitos nocivos para o empresariado e a população brasileira: “a gente não pode entrar nos pormenores, mas o que eu posso garantir é que essa não será a única novidade vindo dos Estados Unidos sobre esse tema da perseguição no Brasil nessa semana”.
Menos de 48 horas depois, as absurdas taxações foram anunciadas pelo governo Trump. Eduardo Bolsonaro sabia. Sabia de tudo. E nem ficou vermelho ao adiantar que o Brasil seria fortemente prejudicado em suas exportações. Demonstrava orgulho.