Autoridades da Espanha ordenaram nesta terça-feira, 8, que mais de 18 mil moradores da província de Tarragona, na Catalunha, permaneçam nas suas casas à medida que um incêndio florestal se alastra pela região. Dezenas pessoas foram evacuadas por estarem em áreas de risco ao fogo, que já consumiu cerca de três mil hectares de vegetação. Duas mortes foram registradas em 1º de julho na Catalunha.
As chamas se alastram enquanto uma onda de calor extremo assola a Europa. O fenômeno, que teve início no final de junho, é associado a sistemas de alta pressão, que empurra um ar quente para baixo. Trata-se de uma confusão atmosférica agravada pela mudança climática. Como resultado, grande parte da Espanha está no mais alto nível de alerta para incêndios florestais — o novo foco mais recente foi registrado na segunda-feira, 7, em uma área remota perto da vila de Pauls, onde 300 bombeiros lutam contra o vento para conter as queimadas.
“Desde a meia-noite, os bombeiros estão combatendo o incêndio com rajadas de vento que chegam a 90 quilômetros por hora”, informou o serviço regional de combate a incêndios da Catalunha.
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Medo e destruição
As autoridades locais afirmaram que impediram o fogo de alcançar o Rio Ebro, que desagua no mar das Baleares, em Tarragona. Cerca de 30% da área afetada fica dentro do Parque Natural de Ports. As origens do incêndio ainda são investigadas. Nas aldeias de Xerta e Aldover, os moradores perderam o sono com medo que as chamas atingissem suas casas.
A Espanha, contudo, não é o único país a ter de lidar com os estragos causados pelas labaredas. Na semana passada, um incêndio florestal atingiu a ilha de Creta, na Grécia, queimando florestas e olivais. Mais de 1.000 pessoas foram forçadas a deixarem suas casas em meio a alertas de retirada emitidos pelas autoridades locais. Ventos fortes e tempo seco criaram condições instáveis na Grécia, dificultando os esforços das autoridades para controlar o fogo.