O universo político de Brasília está à espera do retorno do presidente Lula da cúpula dos Brics, no Rio – que se encerra nesta segunda-feira – , na expectativa pelo compromisso do petista de chamar os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para tentar aparar as arestas da atual crise entre o governo e o Congresso.
Depois de trocas de farpas sobre a derrubada dos decretos de Lula que aumentavam o IOF, principalmente entre o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e Motta, as últimas mensagens foram de abertura ao diálogo. Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendendo tanto os atos do presidente da República quanto o do Congresso, Executivo e Legislativo sinalizaram disposição à pacificação.
“Sou muito agradecido à relação que tenho com o Congresso. Até agora, eles aprovaram 99% das coisas que mandamos. No governo de ninguém se aprovou tanta coisa. Sou grato ao Congresso. Quando tem uma divergência é bom. Porque a gente senta na mesa, vai conversar e resolve, em uma mesa de negociação”, declarou Lula em evento com a Petrobras em Duque de Caxias (RJ).