A Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP) afirmou em comunicado neste domingo, 6, que recebe com “profunda indignação” a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do Brics usando o termo “genocídio” para descrever o conflito de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
No pronunciamento, Lula também lembrou que o Brasil se posicionou contra o que classificou como violações da integridade territorial do Irã. “Não podemos permanecer indiferentes ao genocídio praticado por Israel em Gaza. A solução só será possível com o fim da ocupação israelense e o estabelecimento de um Estado palestino soberano”, disse.
Para a federação israelita de São Paulo, o presidente “desrespeita mais uma vez a memória das vítimas do Holocausto e banaliza um dos crimes mais graves da história da humanidade”.
“Sua fala não é apenas falsa, é perigosa. Ela legitima o terrorismo, estimula o antissemitismo e isola o Brasil no cenário internacional ao colocá-lo ao lado de regimes ditatoriais que sufocam liberdades”, escreve a entidade.
“Lula não menciona o Hamas. Não exige a libertação dos reféns. Não condena os mísseis lançados sobre civis israelenses. Mas condena Israel, a única democracia do Oriente Médio, por defender sua população”, acrescenta.
A federação israelista diz que o presidente brasileiro “se aproxima da Rússia, da Venezuela e do Irã, mas se afasta de democracias e ignora o sofrimento de civis israelenses”.
“Desde o massacre promovido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel vive sob ataque. Famílias foram destruídas. Mulheres foram estupradas. Crianças foram executadas. 50 pessoas seguem sequestradas há mais de 630 dias em Gaza, sendo vítimas diárias de tortura física e psicológica. No entanto, para o presidente da República, esse horror parece invisível”, critica a entidade.
