O inquérito das joias, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e de outros envolvidos, completou recentemente um ano
parado na PGR — e assim ficará por mais algum tempo.
Com o avanço do julgamento do ex-presidente e outros integrantes do governo passado que se envolveram na trama golpista, a procuradoria deixou em segundo plano a investigação que mostrou como Mauro Cid vendeu presentes diplomáticos recebidos pelo ex-presidente durante o mandato.
Ao analisar o caso, o TCU considerou que Bolsonaro poderia vender as joias. O tribunal entendeu que presentes pessoais não são patrimônio público. O entendimento, no entanto, não é o mesmo do Supremo, que mandou as investigações seguirem.
Em 4 de julho do ano passado, a PF indiciou Bolsonaro, Cid e outros investigados pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
As provas colhidas pelos investigadores foram então enviadas ao gabinete de Paulo Gonet, que até hoje não decidiu se arquiva o caso, reconhecendo que não há crime na venda das joias, ou se denuncia Bolsonaro ao STF pelos crimes apontados pela PF.