Em meio a uma celebração repleta de simbolismo na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta sexta-feira, 4, a nova lei orçamentária do país que prevê corte de impostos e de gastos em programas sociais e mais investimentos para financiar algumas de suas principais propostas de campanha. Na cerimônia, o presidente afirmou que o país será um “foguete”.
“Estamos quebrando todos os tipos de recordes econômicos agora, e isso antes de qualquer coisa entrar em vigor. Quando isso entrar em vigor, nosso país será um foguete, economicamente”, disse durante festejos do 4 de Julho, o dia da independência americana, que contou com um desfile aéreo de bombardeiros B-2 e a presença de líderes republicanos.
Com 900 páginas, Trump apelidou a lei orçamentária de “lei grande e linda”. Grande também é o impacto na dívida de todas as medidas. A estimativa é que a dívida dos Estados Unidos aumente em 3,3 trilhões de dólares em uma década, segundo avaliação do Escritório de Orçamento do Congresso.
Entre cortes de impostos e gastos, um dos programas afetados será o Medicaid, um seguro saúde voltado para pessoas de menor renda, que terá cerca de 1 trilhão de dólares a menos em uma década. Também serão eliminados gradualmente os incentivos para energia limpa. Por outro lado, a área de Defesa e de polícia imigratória serão reforçadas.
Essas medidas não são populares e foram aprovadas com margem apertada. No Senado, foram 51 votos a favor e 50 contra, sendo que o desempate foi dado pelo voto de minerva do vice-presidente J.D. Vance. Segundo a constituição americana, o Senado é presidido pelo vice-presidente do país. Na Câmara, o placar foi de 218 a favor e 214 votos contrários.