Um veterano militar que havia sido perdoado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela invasão ao Capitólio, em 2021, foi condenado à prisão perpétua nesta sexta-feira, 4, por conspirar para atacar um escritório do FBI e assassinar outros policiais. Edward Kelley, de 36 anos, foi considerado culpado em novembro por atacar agentes que o investigavam por atacar a sede do legislativo dos EUA.
Ao retornar à Casa Branca, em 20 de janeiro, Trump concedeu o perdão presidencial para cerca de 1.500 acusados pela invasão ao Capitólio. Em março, o juiz distrital dos EUA, Thomas Varlan, negou o pedido de Kelley para arquivar as acusações e determinou que o caso de conspiração “envolvia conduta criminosa distinta que não tinha relação física, temporal e de outra forma com a conduta do réu no caso de Washington e/ou com os eventos no Capitólio em 6 de janeiro de 2021”.
Kelley foi um dos primeiros manifestantes a invadir o Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando trumpistas tentaram impedir que o Congresso americano certificasse a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais. Segundo documentos do Departamento de Justiça dos EUA, quando passou a ser investigado, ele elaborou uma “lista de mortes” de policiais e fez planos para atacar o escritório do FBI em Knoxville, Tennessee, com carros-bomba e explosivos em drones.
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O veterano foi, então, condenado por conspiração para assassinar funcionários federais, solicitação para cometer um crime de violência e influenciar um funcionário federal por meio de ameaça. Austin Carter, cúmplice de Kelly, declarou-se culpado e tornou-se testemunha colaboradora, afirmando que “planejaram assassinar funcionários do FBI em suas casas e em locais públicos, como cinemas”.
Os promotores recomendaram prisão perpétua de Kelly, que tem histórico violento e não sente remorso. Ele serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA por oito anos e foi dispensado em 2015. Em um caso separado, também julgado no ano passado, foi considerado culpado por três crimes graves — agressão a policiais, desordem civil e destruição de propriedade governamental.