A C&M Software, empresa que faz a “mensageria” entre 293 instituições e o Banco Central para operacionalizar o sistema PIX, sofreu um ataque hacker que desviou cerca de 800 milhões de reais de dezenas de contas. A ofensiva é apenas um sinal da fragilidade do setor financeiro na região. Cerca de 79% das instituições da América Latina foram alvo de ataques de ransomware — um índice muito acima da média global de 53%. Os dados são do relatório “Cenário de Riscos Cibernéticos para o Setor Financeiro da América Latina em 2025”, produzido pela Duke University, Recorded Future e Digi Americas e apresentado no AWS re:Inforce, nos Estados Unidos.
O Brasil lidera o ranking de alvos na região, seguido por México e Argentina. Os danos vão além das cifras milionárias pagas em resgates (média de 1,2 milhão de dólares por instituição): estima-se que os ciberataques tenham consumido cerca de 1% do PIB dos países nos últimos seis anos — algo como 25 bilhões de dólares no caso brasileiro.