A Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab) e o Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp) divulgaram uma carta, nesta quarta-feira, repudiando a tentativa de aprovação de um projeto de lei que legaliza jogos de azar no Brasil.
Entre as atividades a serem autorizadas, estão incluídos os bingos, cassinos, jogo do bicho e demais modalidades que se enquadram na categoria.
A proposta está no Senado e, segundo apurado por VEJA, poderá ser votada ainda antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho, como deseja também o relator da proposta, senador Irajá Silvestre (PSD-GO).
Segundo as entidades, a legalização dos jogos de azar traria efeitos colaterais e danos sociais sobretudo aos mais pobres, como endividamento, diminuição de produtividade, desequilíbrio financeiro e doenças emocionais.
No documento, Concepab e Fenasp também apontam que a justificativa da arrecadação de impostos sobre a atividade não compensaria frente ao “enorme custo social” gerado.
“Experiências de outros países comprovam que a legalização da jogatina está associada a altas taxas de endividamento, suicídios relacionados ao vício em jogos e fortalecimento de redes criminosas”, diz trecho da carta.
No Senado, enquanto era presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) pautou a proposta, que foi aprovada. Agora que preside a Casa, parlamentares aguardam que ele coloque o texto para votação no Plenário.