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Hamas se diz ‘pronto’ para chegar a acordo de trégua, mas sem acolher proposta de Trump

O grupo terrorista palestino Hamas sugeriu nesta quarta-feira, 2, que está aberto a um cessar-fogo com Israel, mas não chegou a aceitar uma proposta apoiada pelos Estados Unidos, anunciada pelo presidente Donald Trump horas antes, batendo numa tecla que foi fonte de impasse ao longo das negociações via mediadores, interrompidas desde março: qualquer acordo deve por fim definitivo à guerra em Gaza.

A agência de notícias The Associated Press reportou que o representante do Hamas, Taher al-Nunu, disse que o grupo está “pronto e sério em relação a chegar a um acordo”.

Ele acrescentou que o Hamas está “pronto para aceitar qualquer iniciativa que claramente levasse ao fim completo da guerra”.

Uma delegação do Hamas deve se reunir com mediadores do Egito e do Catar no Cairo nesta quarta-feira para discutir a proposta, de acordo com uma autoridade egípcia.

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Trump afirmou na terça-feira, 1º, que Israel concordou com os termos de um cessar-fogo de 60 dias em Gaza e pediu que o Hamas também aceite o acordo.

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“Meus representantes tiveram uma reunião longa e produtiva com os israelenses hoje sobre Gaza. Israel concordou com as condições necessárias para finalizar o cessar-fogo de 60 dias, durante o qual trabalharemos com todas as partes para encerrar a guerra”, escreveu ele em seu perfil na Truth Social, sua rede social.

Segundo o presidente americano, a proposta final será apresentada pelo Egito e pelo Catar, que atuaram como mediadores do acordo. “Espero, para o bem do Oriente Médio, que o Hamas aceite este acordo, porque ele não vai melhorar — SÓ VAI PIORAR”, alertou.

O governo dos Estados Unidos se reuniu nesta terça com o ministro israelense de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer. Trump deve receber o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca na próxima segunda-feira. O republicano vem pressionando o governo israelense e o Hamas para negociar um cessar-fogo e um acordo sobre os reféns.

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No domingo, Trump exigiu o fim da guerra, que se arrasta há vinte meses. “Fechem o acordo em Gaza, resgatem os reféns”, escreveu nas redes.

Retorno à mesa de negociações?

Uma autoridade do Hamas afirmou à agência de notícias Reuters nos últimos dias que qualquer progresso depende de Israel – e que o país precisa concordar em encerrar a guerra e retirar suas forças de Gaza completamente. Tel Aviv, porém, afirma que só poderá pôr fim ao conflito quando o grupo palestino for desarmado e desmantelado. O Hamas se recusa a depor as armas.

A guerra começou quando combatentes do Hamas invadiram Israel em 7 de outubro de 2023, mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e levaram 252 reféns de volta para Gaza em um ataque surpresa.

A resposta militar israelense matou quase 57 mil palestinos, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, deslocou quase toda a população de 2,3 milhões de pessoas e mergulhou o enclave em uma crise humanitária. Mais de 80% do território é agora uma zona militarizada por Israel ou está sob ordens de retirada, de acordo com as Nações Unidas.

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