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O que dizem aliados de Bolsonaro sobre a ausência de Michelle em ato

Aliados de Jair Bolsonaro divergem sobre o motivo usado para justificar a ausência de Michelle Bolsonaro do ato do último domingo, 29, na Avenida Paulista, ao mesmo tempo em que consentem que o não comparecimento da ex-primeira-dama em uma manifestação realizada em momento crucial para o bolsonarismo pode indicar outros rumos do clã para 2026.

A versão, por ora, “oficial”, dada pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada na Câmara, é a de que Michelle não esteve no ato porque, na mesma data, participava de um evento do PL Mulher em Roraima, que já estava agendado e não poderia ser desmarcado.

Tanto a agenda do PL Mulher quanto publicações da ala feminina da legenda mostram que houve, de fato, um evento em Boa Vista com Michelle e mandatárias em 1º de junho, ou seja, há um mês. Também nas redes do próprio PL Mulher, do PL de Roraima e de mandatários da sigla no estado não constam registros de nenhuma visita de Michelle no último final de semana. A própria ex-primeira-dama não publicou registros em suas redes do evento informado por Sóstenes. Lideranças do PL Mulher ouvidas pela reportagem também dizem desconhecer o compromisso.

O que aliados próximos à família Bolsonaro dizem é que a ausência da ex-primeira-dama se deu por alguma provável indisposição ou desentendimento em relação ao ato.

Depois do ex-presidente, as pesquisas mostram que Michelle é hoje o integrante mais popular da família Bolsonaro, agregando ingredientes únicos: mulher, jovem, eloquente, evangélica… e potencial agregadora de votos. Justamente por isso, sua presença era tida como essencial no ato de domingo. Na última manifestação, por exemplo, em abril, seu discurso foi um dos mais incisivos e dos mais aplaudidos.

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“Isso só demonstra como, cada vez mais, avizinha-se a prevalência de outro nome da família Bolsonaro para a Presidência em 2026, e não o da Michelle”, diz um aliado. “Fato é que a chapa terá, necessariamente, um nome da família”, completa.

Alternativas

Bolsonaro já declarou em mais de uma ocasião que não deseja que Michelle dispute um cargo do Executivo — seja ele a Presidência ou um governo estadual –, e que o mais viável seria a disputa por uma vaga no Senado, preferencialmente pelo Distrito Federal.

A candidatura de Michelle tem sido defendida ferrenhamente, no entanto, por nomes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e pelo pastor Silas Malafaia, aliado de primeira hora da família e organizador dos últimos atos.

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Sondagens recentes também mostram a ex-primeira-dama como candidata competitiva ao Planalto em caso da confirmação da inelegibilidade de Bolsonaro. Levantamento Paraná Pesquisas da última semana aponta que tanto Michelle contra o ex-presidente estariam empatados com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dentro da margem de erro, em um eventual segundo turno.

Mais do que isso, a pesquisa mostra que, dentre o numeroso clã, Michelle é a que teria o melhor desempenho contra o petista: ela aparece com 44,4% dos votos contra 40,6% de Lula. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aparece com 39,1% (contra 41,6% de Lula), e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) figura com 38,4% (contra 42,1% de Lula).

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