O exército israelense informou ter eliminado Hakham Muhammad Issa Al-Issa, identificado como um dos fundadores do braço armado do Hamas, em um ataque aéreo no bairro de Sabra, em Gaza. A operação, realizada em conjunto com a inteligência israelense (ISA), ocorreu na última sexta-feira, 27. Israel acusa Al-Issa de ter participado do planejamento dos ataques de 7 de outubro de 2023, que deram início ao atual conflito. Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que continuarão caçando todos os envolvidos no massacre.
Al-Issa era considerado uma figura-chave no Hamas, responsável pelo treinamento de militantes e pelo planejamento de ataques aéreos e navais contra Israel. O IDF destacou seu papel na estrutura militar do grupo, classificando sua eliminação como um golpe estratégico. Até o momento, o Hamas não se pronunciou sobre a morte de Al-Issa.
Enquanto isso, esforços diplomáticos tentam aproveitar o cessar-fogo recente entre Israel e Irã para avançar nas negociações em Gaza. O Catar, um dos mediadores, expressou esperança de que o momento possa impulsionar um acordo. O presidente dos EUA, Donald Trump, também se mostrou otimista, afirmando acreditar em um possível cessar-fogo “até a próxima semana”.
Ataques a Gaza
Entre sexta, 27, e sábado, 28, ataques israelenses mataram pelo menos 72 pessoas em Gaza, incluindo famílias inteiras e crianças, segundo relatos de hospitais locais. A crise humanitária se acentuou na região, com mais de 500 palestinos mortos recentemente ao buscarem ajuda alimentar em meio a bloqueios e violência. O Hamas insiste na libertação de reféns em troca do fim da guerra, enquanto Israel exige o desarmamento do grupo, prolongando um conflito que já matou mais de 56 mil palestinos, a maioria civis.