A Força Aérea de Israel realizou nesta sexta-feira, 27, intensos ataques aéreos contra montanhas perto da cidade de Nabatieh, no sul do Líbano. Segundo o exército israelense, o alvo eram instalações subterrâneas do Hezbollah, a milícia libanesa apoiada pelo Irã. Beirute condenou a operação militar, dizendo que o ato violava o acordo de cessar-fogo entre os países assinado em novembro do ano passado.
O Ministério da Saúde libanês informou que uma mulher morreu e outras 11 pessoas ficaram feridas.
Aviões de guerra israelenses lançaram “poderosos mísseis de concussão” em várias áreas do sul do Líbano nesta manhã, causando “explosões massivas” que reverberaram por toda a região, informou a NNA, agência de notícias estatal do país. Dez minutos depois, os jatos atingiram os mesmos locais em uma segunda onda de bombardeios.
O Hezbollah não fez comentários imediatamente após o incidente.
Israeli fighter jets launch a fire belt targeting hilltops surrounding the town of Nabatieh in southern Lebanon. pic.twitter.com/HThqGYJgZz
— Quds News Network (@QudsNen) June 27, 2025
Cessar-fogo frágil
As forças israelenses continuaram a lançar ataques contra o vizinho do norte, apesar do cessar-fogo com o Hezbollah, que determina que apenas forças de paz das Nações Unidas e o exército libanês devem ser mobilizados no sul do Líbano.
Israel, no entanto, manteve suas forças em cinco áreas que declarou estratégicas, no que o governo libanês considera uma violação da trégua.
O Líbano apelou à comunidade internacional para pressionar Israel a cessar os ataques e a retirar todas as suas tropas.
Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, denunciou a nova onda de ataques israelenses nas proximidades de Nabatieh, afirmando que a ação violou os termos da trégua assinada em novembro.
“Condeno veementemente os ataques israelenses ao redor de Nabatieh, que representam uma flagrante violação da soberania nacional e dos acordos de cessar-fogo firmados em novembro passado, e representam uma ameaça à estabilidade que almejamos preservar”, Salam escreveu em uma publicação no X (antigo Twitter).