A Balenciaga vai se despedir de Demna Gvasalia com toda a pompa e circunstância. Antes de seu último desfile pela grife no dia 9 de julho na Semana de alta-costura, a marca espanhola dedica a exposição “Balenciaga by Demna”, inaugurada nesta quinta-feira 26, na sede do grupo Kering, em Paris. A mostra celebra a contribuição transformadora que o estilista promoveu na marca durante quase uma década, com mais de 100 itens que marcaram sua trajetória na maison.
Entre as peças, a polêmica saia de toalha de quase US$ 1 mil, além de roupas, acessórios e objetos curiosos como a bolsa em forma de saco de batata frita e a carta de rejeição que o estilista recebeu em 2007, quando se inscreveu para um estágio na Balenciaga: “Analisamos cuidadosamente sua inscrição e, após análise, não daremos continuidade à sua candidatura neste momento”, dizia o recado.
Mas quis o destino que ele, tempos depois, em 2015, assumisse o cargo de diretor criativo da grife espanhola após fundar a Vetements, com o irmão Guram Gvasalia, e passar pela Maison Margiela. Foi na Balenciaga, porém, que, reinterpretou e redefiniu os códigos de Cristóbal Balenciaga e, ao mesmo tempo que, entre surpresas e polêmicas, trouxe à tona uma estética pós-moderna e provocativa.
Próxima Parada: Gucci
Agora, todas as atenções se voltam para o próximo passo de Demna: a Gucci. Sua estreia na marca italiana está prevista para o fim do ano. A expectativa é alta — enquanto muitos aguardam uma guinada estética tão ousada quanto a que realizou na Balenciaga, outros se perguntam como o designer georgiano irá conciliar sua veia conceitual com a herança sensual e comercial da Gucci.
Já a Balenciaga receberá Pierpaolo Picciolli, após comandar a Valentino por 16 anos.
