A Bombardier, fabricante canadense de aeronaves, está tranquila em meio à turbulência que o comércio internacional tem atravessado neste ano. A companhia aposta na amplitude de sua linha de aeronaves para contornar a instabilidade nas demandas do mercado. “Como resultado de toda a loucura que tem acontecido ao longo dos últimos três ou quatro meses (política protecionista dos EUA), muitas empresas estão reavaliando as suas prioridades”, diz Michael Anckner, vice-presidente global da Bombardier para a América Latina, ao Radar Econômico. “Nós estamos confiantes que nossa linha de produtos nos permite fornecer aviões a elas independente das escolhas que sejam tomadas”.
As vendas da Bombardier para os Estados Unidos, principal comprador de aeronaves do mundo, estão amparadas pelo Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), de modo que as tarifas de importação impostas pelo governo de Donald Trump não prejudicaram a demanda da companhia. “Nosso maior desafio hoje é entregar as aeronaves rapidamente em meio à alta demanda”, diz Anckner. Quanto ao mercado brasileiro, o executivo constata um crescimento promissor, mas vê desafios: “O contexto regulatório e tributário do país representa uma dificuldade”.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:
