O Botafogo superou o ‘bicho-papão’ PSG no Mundial de Clubes, mas a nova dor de cabeça do clube carioca é outro clube francês. O Lyon foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato francês, devido a condição financeira ruim. O problema respinga nos cariocas, pois o dono da equipe europeia é o mesmo do Fogão: a empresa Eagle Football de John Textor. Na tentativa de alimentar o caixa na Europa, o empresário norte-americano pode tomar decisões que impactem o atual campeão da Libertadores.
Apesar de terminar em sexto na Ligue 1, a Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP) decidiu pelo rebaixamento do Olympique Lyonnais, mais conhecido como Lyon, por ferir o fair play financeiro no país. Em novembro de 2024, a DNCG informou que o clube francês iria para a segunda divisão administrativamente caso não melhorasse a sua situação financeira até junho deste ano.
John Textor tomou medidas para reverter a situação: vendeu sua participação no Crystal Palace, da Premier League, no dia 22 deste mês e negociou jogadores dos clubes que fazem parte da Eagle. Pela equipe inglesa, o empresário recebeu uma transação avaliada em 190 milhões de libras (R$1,4 bilhão) a Woody Johnson, dono do New York Jets, time da NFL. O empresário também prometeu abrir ações do clube na bolsa nova-iorquina, mas o fato não se concretizou.
Em relação aos atletas, o grupo vendeu o brasileiro Luiz Henrique do Botafogo ao Zenit, por R$35 milhões em janeiro. No fim da temporada europeia, o francês Cherki foi para o Manchester City por R$36,5 milhões
O caixa único entre as equipes da Eagle pode afetar o Glorioso, que está arrecadando com o Mundial de Clubes e as principais competições nacionais e a Libertadores, além de possíveis vendas de jogadores. No entanto, a situação financeira do próprio Botafogo é incerta. O clube ainda deve para Almada, transferido para o Lyon, e não publicou as suas contas.
Fora da Champions e da ‘série A’ francesa, o Lyon também perde espaço como vitrine de jogadores e possíveis negociações, e a conexão direta com a Premier League se fecha com a venda do Crystal Palace.