Os Estados Unidos testaram com sucesso um novo radar de longo alcance no Alasca, capaz de identificar e rastrear mísseis lançados da Rússia ou da China, informou o Pentágono nesta terça-feira, 24. A tecnologia pode se tornar peça-chave do ambicioso Golden Dome (Domo de Ouro, em português), o escudo antimísseis de US$ 175 bilhões anunciado pelo presidente Donald Trump, que visa proteger o território americano e, possivelmente, seus aliados.
Durante o teste, realizado na segunda-feira, 23, na Clear Space Force Station, um alvo foi lançado sobre o Pacífico Norte e rastreado com precisão pelo radar. Desenvolvido pela Lockheed Martin, o radar faz parte do Ground-Based Midcourse Defense, sistema já ativo no Alasca e na Califórnia para interceptar ameaças de países como Irã e Coreia do Norte. Agora, o dispositivo é cotado para integrar o Domo de Ouro.
De acordo com o Pentágono, o equipamento executou com êxito as tarefas de aquisição, acompanhamento e transmissão de dados, tarefas cruciais para o funcionamento do escudo antimísseis bilionário — que pretende formar uma rede de sensores, satélites e interceptadores capaz de detectar e destruir mísseis balísticos antes que atinjam o solo americano.
Anunciado por Trump em maio, o sistema deve entrar em operação antes do fim de seu mandato, em janeiro de 2029. “Começaremos imediatamente com US$ 25 bilhões”, afirmou o presidente, durante coletiva na Casa Branca. “Alguns financiamentos são difíceis, outros são fáceis. Quando dizemos que vamos salvar vidas num mundo louco, tudo fica mais fácil de aprovar.”
Trump também afirmou que o Canadá manifestou interesse em participar do programa por “querer proteção”. Ele também disse que “tudo” que será utilizado na construção do escudo será de fabricação dos Estados Unidos.
Inspirado no Domo de Ferro israelense, o ambicioso projeto do Domo de Ouro tem sido alvo de críticas por parte de especialistas, que questionam principalmente seu cronograma e a viabilidade orçamentária. Ainda assim, o Departamento de Defesa segue firme com o planejamento, sob a liderança do general Michael Guetlein, vice-chefe de operações espaciais.
