No início dos anos 2000, o filho do ator Francisco Cuoco, que morreu nesta quinta-feira, 19, aos 91 anos, o empresário Diogo Rodrigues Cuoco, tentou seguir carreira política. Em 2002, ele concorreu ao cargo de deputado estadual no Rio de Janeiro pelo PMDB, hoje, o MDB. Reportagens da época relataram que Francisco fez campanha para o filho, e inclusive o ofuscou durante um dos eventos. Dois anos depois, Diogo tentou se tornar vereador no Rio de Janeiro, dessa vez, pelo PL. Apesar dos esforços do pai, ele não venceu em nenhuma das eleições.
Um ano depois da segunda derrota do filho, Francisco falou que não iria se envolver com uma nova campanha política no futuro. “Disse a ele que não queria mais lidar com isso. Está evidente que houve muita corrupção e fico escandalizado. Sei que posso confiar no meu filho, mas avisei a ele: ‘Estou fora’. Não esperava que depois do Collor isso fosse acontecer mais. É decepcionante. Prefiro ficar no sonho, que é minha atividade. A atuação do Lula foi muito modesta na área cultural. E o governo Lula acabou”, disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. O “Mensalão” foi o escândalo político que estourou em 2005, durante o primeiro governo Lula. O nome surgiu porque o valor da propina, cerca de 30 mil reais, era pago mensalmente aos deputados para que votassem a favor de projetos do governo.