Um estudo feito pela CBIE Advisory, consultoria na área de infraestrutura, aponta que há hoje uma defasagem nas tarifas de transporte de gás natural, com impacto direto no preço pago pelos consumidores. Segundo o levantamento, uma revisão tarifária levaria a reduções de até 61,5% no preço pago pelo serviço.
O estudo leva em conta os valores cobrados pelas empresas Transportadora Associada de Gás (TAG) e Nova Transportadora do Sudeste (NTS), duas das principais companhias que controlam a malha dutoviária para transporte de gás natural no Brasil.
A TAG e a NTS possuem contratos com a Petrobras, firmados antes da implementação do modelo de contratação de entrada e saída estabelecido pela Lei do Gás de 2021, e que impõem receitas fixas para essas transportadoras.
Segundo o levantamento, no caso da NTS, a revisão tarifária poderia levar a uma redução de 61,5% no valor cobrado, caindo de R$ 4,4677/MMBTU para R$ 1,7191/MMBTU. Em um cenário mais conservador, a consultoria estima uma queda menor, de 54,9%. Ainda assim, ambos os cenários preveem uma redução bem maior que a apresentada na proposta tarifária da própria NTS para 2024-2028, de apenas 6,3%.
No caso da TAG, o estudo estima redução de até 42,1% na tarifa de transporte de gás natural, passando de R$ 5,4608/MMBTU para R$ 3,1622/MMBTU. O cenário mais conservador considera uma redução de 36%. A proposta tarifária da TAG, no entanto, prevê uma redução de apenas 17%.
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