O empresário Oscar Maroni, fundador da casa noturna Bahamas Hotel Club, morreu nesta quarta-feira, 31, em São Paulo, aos 74 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada; ele sofria de Alzheimer e, desde o ano passado, vivia em uma casa de repouso na capital paulista.
A morte foi confirmada em nota oficial pelo Bahamas Club. “Oscar viveu intensamente, fiel às suas convicções e à sua liberdade”, diz o comunicado, informando que o velório será restrito a familiares e amigos próximos e que a boate voltará a funcionar na sexta-feira, 2.
Proprietário de uma das maiores casas noturnas do país, Oscar Maroni esteve por décadas na mira da lei sob acusações de favorecimento à prostituição, tráfico de mulheres e formação de quadrilha. Ele foi preso em diversas ocasiões entre 1998 e 2011 — a prefeitura de São Paulo chegou a fechar o Bahamas Club por seis anos, de 2007 a 2013, mas o empresário foi inocentado pela Justiça e conseguiu reabrir o estabelecimento. Em 2017, o STJ absolveu Maroni definitivamente de todas as denúncias.
Como figura pública, Maroni se apresentava abertamente como “imoral, indecente, pornográfico, mas não ilegal”, classificando-se como um “hedonista” e defensor da liberdade sexual. Apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o empresário realizou uma enorme festa com bebida liberada no Bahamas Club, em 2018, para celebrar a prisão de Lula — na ocasião, vestido de “irmão Metralha”, Maroni encenou a agressão de uma prostituta seminua e com a boca tapada, sob fotos do juiz Sergio Moro e da ministra Cármen Lúcia, do STF.
Em 2014, participou da sétima temporada do reality show A Fazenda (Record), sendo o primeiro eliminado daquela edição. Uma de suas filhas, Aritana Maroni, também foi participante de A Fazenda e do Masterchef Brasil (Band) — em março de 2025, a influenciadora digital foi presa em flagrante por tráfico de drogas em um bloco de rua em Salvador.
Além de Aritana, Maroni deixa os filhos Aruã, Aratã e Acauã, todos batizados em homenagem à novela Aritana (TV Tupi, 1978).
