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Vacina contra a bronquiolite: uma boa notícia na reta final de 2025

Depois de várias décadas de desenvolvimento, enfim, uma vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite em bebês, foi aprovada e já está disponível pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil e a distribuição em estados e municípios, com recomendação do Ministério da Saúde de aplicação imediata em gestantes, teve início neste mês.

O imunizante, de nome Abrysvo, foi desenvolvido pelo laboratório Pfizer e demonstrou ser altamente eficaz na prevenção da doença nos primeiros seis meses de vida se a gestante for vacinada após 28 semanas de gravidez.

A proteção contra hospitalização, nos estudos clínicos, chegou a 80%. Dados de países que já introduziram a vacina em programas públicos, como Argentina, Reino Unido e Estados Unidos, confirmam essa elevada eficácia.

Foi comprovado que a vacina é altamente segura, com poucos efeitos colaterais nas gestantes, como febre baixa e dor no local da injeção.

A ideia de vacinar a gestante para se obter proteção da criança por meio da transferência de anticorpos já é bem conhecida. Assim, o calendário vacinal da gestante ganha mais um aliado, juntando-se à vacina contra a gripe, covid-19 e coqueluche, todas protegendo mãe e filho.

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Com a vacinação, o PNI espera evitar cerca de 28 mil internações por bronquiolite por ano, além de centenas de mortes pela doença. Em novembro, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 1,8 milhão de doses da vacina, sendo o primeiro lote de 673 mil doses.

A previsão é comprar mais 4,2 milhões de doses até 2027. Para ofertar a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS), foi realizado um acordo com o Instituto Butantan e o laboratório produtor para garantir a transferência de tecnologia do imunizante para o Brasil, assim, dentro de alguns anos as doses serão fabricadas no país.

A tão sonhada proteção, agora de forma gratuita, chegou para todas as brasileiras e a principal causa de hospitalização de crianças no primeiro ano de vida pode ser evitada!

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Um enorme avanço na ciência, especialmente visando a oferecer proteção justamente em uma fase em que a imaturidade do sistema imune do bebê o torna mais vulnerável às infecções. Então, vamos vacinar!

*Renato de Ávila Kfouri é médico pediatra infectologista, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)

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