counter Ataque dos EUA no Pacífico mata dois em barco suspeito de tráfico e amplia ofensiva militar sob Trump – Forsething

Ataque dos EUA no Pacífico mata dois em barco suspeito de tráfico e amplia ofensiva militar sob Trump

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Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (29) a morte de dois homens em um “ataque cinético letal” contra uma embarcação suspeita de transportar drogas em águas internacionais do Pacífico oriental.

Segundo o Pentágono, a operação foi conduzida sob ordem direta do secretário de Defesa, Pete Hegseth, e integra uma campanha intensificada de interdição marítima iniciada em setembro.

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Com a ação mais recente, o número de ataques navais contra alvos classificados como narcotraficantes chega a 30, elevando para ao menos 107 o total de mortos, de acordo com dados divulgados pelas Forças Armadas dos EUA. O Comando Sul afirmou que a inteligência indicava que o barco seguia rotas conhecidas do tráfico na região e que nenhuma força americana foi ferida.

O Pentágono divulgou imagens do ataque em redes sociais, prática que tem sido recorrente desde o início da ofensiva. A estratégia é respaldada politicamente pelo presidente Donald Trump, que tem defendido as operações com a alegação, contestada por especialistas, de que cada carregamento interceptado evitaria a morte de até 25 mil americanos por overdose.

No fim de semana, Trump afirmou em um programa de rádio em Nova York que os EUA teriam atingido uma “grande instalação” na Venezuela, supostamente ligada à saída de embarcações usadas no tráfico. Questionado por jornalistas nesta segunda-feira, o presidente reiterou a declaração e falou em uma “grande explosão” na área portuária. A Casa Branca e o Pentágono, porém, não apresentaram detalhes nem confirmaram oficialmente a operação.

A retórica de Trump e a ausência de informações verificáveis têm alimentado questionamentos no Congresso e entre organizações de direitos humanos. Analistas lembram que o direito internacional permite ações de interdição em alto-mar contra o tráfico, mas exige critérios rigorosos de proporcionalidade e transparência — pontos que vêm sendo cobrados por entidades como a Human Rights Watch e por especialistas em segurança regional.

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A escalada também ocorre em meio a tensões diplomáticas com países da América Latina. Governos da região têm manifestado preocupação com operações unilaterais em águas internacionais próximas às suas zonas econômicas exclusivas, enquanto Washington sustenta que atua com base em inteligência e cooperação internacional.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, figura central na atual política de segurança, tem defendido a linha dura como parte de uma estratégia mais ampla de “disrupção total” das cadeias do narcotráfico. Críticos, porém, alertam para o risco de normalização do uso letal da força sem mecanismos claros de responsabilização.

A Casa Branca não informou se novas ações estão previstas nem se haverá divulgação de relatórios detalhados sobre os ataques já realizados.

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