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Governistas apostam em investigação contra parlamentares para conter CPMI do INSS

Após quase dois meses da descoberta de um esquema criminoso que atuava sobre o pagamento de pensões e aposentadorias do INSS, o Congresso  instalou, na última semana, uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar a fraude.

A demora na formalização da investigação teve como pano de fundo a resistência do governo Lula em avalizar o colegiado, que deve ser palco de duros embates entre a base e a oposição. Oficialmente, auxiliares palacianos, como a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), argumentavam que o caso já está sendo apurado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União e que a comissão poderia comprometer os trabalhos em andamento.

Leia também: A estratégia do governo e da oposição para transformar a CPI do INSS em palanque eleitoral

O argumento postergou, mas não impediu a formalização da CPMI, criada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na última terça-feira, 17. A instalação deve acontecer somente após o recesso parlamentar, em agosto, mas o governo já prepara algumas de suas estratégias.

Uma das frentes de atuação da base aliada, que deve contar com maioria no colegiado, será mostrar que a sangria nas aposentadorias teve início em 2017 e que as entidades criadas durante o governo de Jair Bolsonaro têm papel de destaque nos descontos aplicados de maneira irregular no contracheque dos aposentados.

Governistas também contam com outro trunfo. Em meio a um jogo de empurra sobre quem é responsável pelo esquema que cruzou governos e perdurou por tantos anos, espalha-se que em breve aparecerá o nome de parlamentares envolvidos no escândalo. “É uma coisa muito séria e tem muita gente importante para aparecer. Muita gente mesmo, e eu tenho certeza disso”, afirma um interlocutor do Palácio do Planalto.

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É uma tentativa, claro, de conter os ímpetos, sob o argumento de que a CPMI pode acabar atingindo gente graúda ou próxima de seus membros.

Na última semana, soube-se que já há no Supremo Tribunal Federal (STF) um inquérito para apurar os descontos irregulares no INSS, o que indica uma investigação sobre uma pessoa com foro privilegiado. O caso está nas mãos do ministro Dias Toffoli.

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