Do julgamento de Diddy, marcado pelo silêncio de estrelas de Hollywood, às novas revelações do caso Jeffrey Epstein, que atingem políticos, empresários e até a realeza britânica, reacenderam as pressões por transparência, principalmente sobre celebridades e figuras de poder citadas em redes de exploração sexual nos EUA.
O rapper americano Sean “Diddy” Combs protagonizou um dos principais escândalos recentes da indústria musical. Preso desde setembro de 2024, ele foi condenado, no inicio de outubro deste ano, a mais de quatro anos de prisão, por conduzir pessoas pelos Estados Unidos com a finalidade de prostituição. Em julho, ao fim do julgamento dele, que teve grande repercussão, o rapper já havia sido considerado culpado por duas acusações, relacionadas ao transporte para prostituição.
Creditado por “descobrir” artistas como Usher, Mary J. Blige e Notorious BIG, o caso despertou discussões sobre as estrelas que têm ou já tiveram proximidade com o artista. Essas que escolheram o silêncio, mesmo depois do julgamento. Nomes como Justin Bieber, Mariah Carey, Paris Hilton, Jay-Z, Beyoncé e Jennifer Lopez fizeram parte das listas de festas organizadas por Diddy. Nelas, grande parte dos crimes sexuais podem ter acontecido. Conhecidas pelo traje branco obrigatório, regadas a muita bebida, droga, sexo e pouca (ou nenhuma) roupa — “maratonas sexuais repletas de crimes”, na descrição da Promotoria.
Também envolvendo escândalos sexuais, talvez até em maiores proporções, o caso Jeffrey Epstein, movimenta a mídia há anos. O empresário foi acusado de ter abusado de mais de 250 menores de idade e de estar envolvido em uma rede de exploração sexual. Durante os anos 2000, ele era um empresário conhecido no meio dos milionários de Wall Street. Porém, depois que foi preso em 2019 pelos crimes que cometeu, tirou a própria vida na prisão no mês seguinte.
As últimas notícias sobre o caso, envolvem a cobrança pelos nomes envolvidos nos crimes. Em novembro, o Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos divulgou mais 20 mil páginas de documentos recebidos dos arquivos do empresário. Esses que citam nominalmente o presidente dos Estados Unidos Donald Trump e sugerem que ele sabia das “garotas”. Já em outubro, o Palácio de Buckingham informou que o rei Charles retirou o título de príncipe de seu irmão mais novo, Andrew, acusado de abuso por uma das vítimas traficadas por Epstein, e o expulsou de sua residência em Windsor.