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Justiça mantém prisões domiciliares de réus da trama golpista alvos de operação

Após a realização de audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão domiciliar dos réus da trama golpista que foram alvo, neste sábado, 27, de mandados de prisão domiciliar expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A força-tarefa foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso do golpe, que justificou a medida com base dos recentes casos de fuga dos réus do país — o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, condenado a 24 anos, foi preso no Paraguai com um passaporte falso, tentando fugir para El Salvador.

Os presos deste sábado passaram pela custódia com a juíza auxiliar do STF, Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, que manteve a ordem de Moraes. Foram alvo dos mandados de prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica:

  • Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército;
  • Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;
  • Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército;
  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército;
  • Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça;
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.

Dentre esses réus, apenas dois não foram encontrados pela PF. Um deles é o presidente do Instituto Voto Legal, que passou a ser considerado “foragido” perante a Justiça brasileira. A defesa disse que ele mudou de endereço. O outro é Guilherme Marques de Almeida, que viajou para a Bahia. No entanto, ele se comprometeu a voltar para sua residência e cumprir a ordem de prisão domiciliar.

Além do uso da tornozeleira e de não poderem sair de casa, os réus também não podem deixar o Brasil, ou terem redes sociais. Eles precisaram entregar seus passaportes e só podem receber visitas autorizadas judicialmente. “O modus operandi da organização criminosa condenada pelo Supremo Tribunal Federal indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional, como feito pelo réu Alexandre Ramagem, inclusive com a ajuda de terceiros”, argumentou Moraes ao autorizar as prisões.

Fugas e tentativas

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, ordenou obstruções em pontos estratégicos de rodovias em 2022, para impedir o fluxo de eleitores. Ele foi condenado em um dos núcleos da trama golpista, mas ainda tinha prazo para recorrer. Na véspera do Natal, ele deixou a cidade em que vivia, em Santa Catarina, e fugiu com um carro alugado para o Paraguai. Ele entrou de forma ilegal no país e foi preso tentando embarcar para El Salvador com um passaporte falso.

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Além dele, Alexandre Ramagem, outro réu na trama golpista, também fugiu para os Estados Unidos. A Câmara cassou o passaporte diplomático dele e o STF já determinou a sua extradição.

 

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