O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado nesta quarta-feira, 24, no hospital DF Star, em Brasília, para realizar uma cirurgia de hérnia no dia de Natal. Condenado a mais de 27 anos de prisão, Bolsonaro deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), onde cumpre a pena por tentativa de golpe de Estado, por volta das 9h30.
Aos 70 anos, o ex-presidente foi diagnosticado com hérnia inguinal bilateral, que acomete os lados da virilha. Há alguns dias, Bolsonaro passou por uma perícia médica que constatou o problema.
Relator do processo da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes autorizou que o ex-presidente passasse pela cirurgia. Na decisão, Moraes determinou uma série de medidas de segurança que terão que ser tomadas durante o período em que Bolsonaro ficará internado.
O ministro estabeleceu, por exemplo, que o ex-presidente fosse levado ao hospital de maneira discreta e mandou que o desembarque dele fosse feito pela garagem. O presidente ficará em uma área isolada do hospital.
Ainda de acordo com a decisão de Moraes, o ex-presidente autorizou apenas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para acompanhar o marido ao longo da internação. Proibiu também registros em foto ou por vídeo, além da entrada de computadores e celulares no quarto onde Bolsonaro ficará hospedado.
O ex-presidente será vigiado por policiais federais 24 horas por dia. Pelo menos dois agentes terão que ficar na porta do quarto de Bolsonaro. No pedido que a defesa do ex-presidente apresentou ao STF para fazer o procedimento cirúrgico, os advogados sustentaram que Bolsonaro deve permanecer internado de 5 a 7 dias.
Moraes autorizou que Bolsonaro realizasse a cirurgia na quinta-feira passada. Naquela mesma ocasião, os advogados do ex-presidente também tinham solicitado que Bolsonaro fosse transferido para o regime de prisão domiciliar devido às fragilidades de sua saúde. O ministro, no entanto, rejeitou esse pedido.