Após a repercussão das duras críticas de Zezé Di Camargo ao SBT, que levaram inclusive a um pronunciamento do presidente Lula (PT), o seu irmão e dupla musical Luciano falou com a coluna GENTE por telefone nesta segunda-feira, 22, sobre os rumos da carreira a dois. O cantor, que possui um projeto solo voltado à música gospel, prefere se manter distante da polêmica gerada por Zezé, mas explica a separação profissional estabelecida entre eles nos últimos anos – que ele prefere nomear como “missão”. No dia 31, Luciano irá realizar um show gospel gratuito no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, cantando seus louvores.
Com a fé influencia hoje a forma como você enxerga a vida? As mulheres da minha vida, principalmente com quem casei, foram instrumento para que essa mudança viesse. Porque foi admirando ela, foi olhando para as orações que ela fazia todos os dias em casa, acompanhando ela na igreja… Porque eu era frequentador da igreja e não membro. E realmente, acreditava que existia Deus, mas a fé, o crer de verdade, desconhecia. Por que digo isso? Desconhecia porque hoje é totalmente diferente. Amo Jesus Cristo, o meu único Salvador, o meu pai e soberano sobre tudo em minha vida. Levo o Senhor antes de tudo.
De que forma visualiza sua carreira sem o seu irmão? Entendo hoje que cantar com meu irmão foi um dom que Deus me deu. É o meu trabalho. Falar com as pessoas do amor. A gente não faz apologia a bebida, a separação, a traição, a gente não faz isso… A gente fala do amor. Entre um homem e uma mulher, entre pessoas. Se você ouvir É o Amor, se ouvir No dia que eu sai de casa, é sobre o amor. Não acho que isso está prejudicando a minha missão. Essa sim, cantar ao Senhor, cantar ao nome dele, levar a palavra do Senhor para as pessoas. É uma missão que Deus me deu. Tanto que estou sabendo separar muito isso, quanto as pessoas que gostam da gente.
Pelos anos de estrada e sucessos, o nome da dupla é muito forte. Acha que as pessoas conseguem separar a sua imagem da do Zezé, diante, por exemplo, das polêmicas mais recentes? Eu sei separar, o meu irmão sabe separar, o meu irmão tem o projeto dele, é um projeto lindo que ele faz. O nosso Deus é o Senhor de todos. Ele não é um Deus de briga. Assim que começou a pandemia, quando me converti, vi a necessidade de cantar para o Senhor. E com isso meu irmão teve a oportunidade de fazer um projeto dele. Então meu irmão está feliz no projeto dele, fazendo mais 120 shows por ano. Porque Zezé Di Camargo e Luciano fazem no máximo 76 shows, é um acordo que tenho com o escritório. Para servir ao meu Deus, preciso de tempo. Foi isso que o escritório e o meu irmão entenderam perfeitamente. Agora, a única diferença é que não vejo o meu projeto como carreira. Vejo como missão.
Onde você estava no meio de tudo isso que aconteceu com seu irmão na última semana? Prefiro manter o silêncio, com todo o carinho e respeito.