O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado na manhã deste sábado no Hospital DF Star, em Brasília, onde fará um check up completo para identificar as causas de novas dores no intestino. Ele vem passando mal desde onde de manhã, quando teve de cancelar compromissos políticos em Goiás após sentir fortes dores.
Bolsonaro está passando por exames de tomografia computadorizada, hemografia e todos os outros que forem necessários. A última cirurgia do presidente foi em abril, quando ocorreu uma obstrução intestinal.
O cirurgião que operou o presidente, Cláudio Birolini, viajou de São Paulo para Brasília para acompanhar a bateria de exames. O hospital DF Star não deu nenhuma informação sobre a internação.
Um auxiliar de Bolsonaro disse a VEJA que o ex-presidente “fará check up hoje com o médico que o operou”, e que a bateria de exames inclui “sangue e imagem”. Este auxiliar descartou maiores complicações. “Por hora, nada grave”, disse a VEJA. “Vamos esperar os resultados dos exames”.
Bolsonaro disse que vomita até dez vezes por dia
O ex-presidente vinha dando sinais de complicações no intestino desde quinta-feira, quando ele discursou na Câmara de Aparecida de Goânia que tem vomitado “dez vezes por dia”. Além de vomitar, ele teve episódios de soluços nos últimos dias.
Ontem, durante ato político em Goiânia, Bolsonaro teve de cancelar os compromissos e viajou para Brasília. Como não apresentou um quadro de melhoras na madrugada, decidiu ir para o hospital.
Bolsonaro é réu por tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito e por tentativa de golpe de Estado, em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro está inelegível até 2030, por ter sido condenado no Tribunal Superior Eleitoral em 2023, por abuso de poder.
O ex-presidente dá sinais de que quer disputar a próxima eleição presidencial, mas em seu entorno vários políticos já disputam seu recall eleitoral, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).