Na esteira da nova fase da operação Sem Desconto da PF e da CGU, o relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL) protocolou um novo pedido de convocação para o depoimento de Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente da República. Será a segunda vez que a Comissão tentará ouví-lo para falar sobre uma suposta participação no esquema de desvios de aposentadorias que somaram R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024.
Na ação dessa quinta-feira, 18, a Polícia Federal apurou o pagamento recorrente de uma mesada de R$ 300 mil a uma empresa ligada a empresária Roberta Luchsinger, apontada como amiga de Lulinha. Na investigação, um personagem central do esquema de fraudes, o Antonio Carlos Antunes, chamado de Careca do INSS, cita que o valor seria destinado ao ‘filho do rapaz’.
Para o relator, os novos fatos precisam ser investigados. À coluna, Alfredo Gaspar disse que os ‘recursos financeiros indicam uma probabilidade muito grande de ser vantagem indevida’. Segundo o deputado, ‘as provas têm fundamentos concretos’ contra o filho do presidente. O pedido de prorrogação da Comissão por mais 120 dias foi protocolado nesta sexta-feira, 19. Portanto, os depoimentos, se aprovados, ocorrerão no ano que vem.
Questionado durante um café da manhã para jornalistas, Lula afirmou que todas as pessoas envolvidas no esquema serão investigadas. ‘Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu envolvido nisso, ele será investigado”, disse o petista.