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Moraes quer ouvir PGR e defesa sobre violação de tornozeleira de Jair Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu vistas nesta quinta-feira, 18, para a Procuradoria-Geral da República (PGR) opinar e para os advogados de Jair Bolsonaro explicarem o rompimento da tornozeleira eletrônica. O ex-presidente está preso para cumprimento da pena de 27 anos e três meses a que foi condenado por tentar dar um golpe de estado. No dia 22 de novembro, ele admitiu que tentou violar o equipamento usando um ferro de solda, o que foi interpretado como uma etapa para uma tentativa de fuga.

A remessa do caso à PGR é por conta de um laudo, apresentado nesta quarta, 17, pela Polícia Federal, analisando tecnicamente a tornozeleira estragada. O documento aponta que foram encontrados resquícios de ferro no equipamento, compatíveis com a solda, e afirma que a tentativa de estragá-lo foi “grosseira”. “Os danos no material questionado (a tornozeleira) apresentam características de execução grosseira, o que sugere que a ferramenta foi utilizada sem precisão técnica”, diz trecho do laudo pericial.

A tentativa de romper a tornozeleira e uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na frente da residência do ex-presidente tiraram ele da prisão domiciliar, dentro de um condomínio fechado em Brasília, onde ele vive, e o levaram para a carceragem em regime fechado. No dia em que foi preso, Bolsonaro disse às autoridades que tentou abrir a tornozeleira com um ferro de solda “por curiosidade”.

No dia seguinte passou por audiência de custódia e disse que agiu movido por uma “paranoia”. Os advogados do ex-presidente depois disseram a Moraes, relator do caso, que o ex-presidente está fazendo uso de medicações psiquiátricas que alteraram o seu raciocício e, por isso, ele não estaria no pleno exercício da razão ao romper a tornozeleira. A prisão em regime fechado foi mantida.

Autorização para cirurgia

Até esta sexta, 19, peritos da Polícia Federal devem apresentar ao STF uma análise da cirurgia de urgência solicitada pela defesa do ex-presidente. Os peritos devem analisar se o procedimento é realmente necessário. Os advogados de Bolsonaro juntaram documentos e pediram autorização para uma cirurgia de retirada de duas hérnias inguinais.

 

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