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A inusitada relação entre o Chelsea F.C. e a guerra na Ucrânia volta aos holofotes

Na véspera de uma crucial reunião da União Europeia que vai abordar a transferência de ativos da Rússia congelados em bancos europeus para financiar a Ucrânia, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, tomou uma decisão que colocou o Chelsea F.C. nos holofotes das discussões sobre o conflito no Leste Europeu. Nesta quarta-feira, 17, ele anunciou que o ex-proprietário do clube de futebol britânico, Roman Abramovich, vai dar adeus aos 2,5 bilhões de libras (quase R$ 18,5 bilhões) que ganhou com a venda do time — o montante pode ser transferido para ajuda humanitária em Kiev.

Abramovich, um oligarca russo, vendeu o Chelsea logo após a invasão à Ucrânia, o negócio autorizado pelas autoridades comerciais do Reino Unido sob a condição de que não se beneficiaria diretamente. Na época, ele prometeu que a receita beneficiaria as vítimas do conflito.

Os fundos foram congelados em uma conta bancária britânica em 2022. Mas houve um atraso considerável em sua liberação devido a um impasse sobre como eles devem ser usados. Os parlamentares do Reino Unido querem concentrar a ajuda em Kiev; Abramovich insiste que o dinheiro seja usado para “todas as vítimas da guerra” — incluindo russos.

Após o que políticos britânicos disseram ser “anos de tentativas de cooperação”, Starmer anunciou nesta quarta que uma licença para a transferência dos fundos foi emitida. “Minha mensagem (para Abramovich) é clara: o tempo está se esgotando. Honre o compromisso que você assumiu e pague agora. Se não o fizer, estamos preparados para ir à justiça e garantir que cada centavo chegue àqueles cujas vidas foram destruídas pela guerra ilegal de (Vladimir) Putin”, afirmou o líder do Reino Unido.

O bilionário russo comprou o Chelsea por uma pechincha — 140 milhões de libras (R$ 1 bilhão) — em 2003, época em que o Manchester United e o Arsenal dominavam a Premier League, o campeonato britânico. Durante seus 19 anos de liderança, ficou conhecido por transformar o time, financiando contratações que ultrapassaram US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) e conquistando impressionantes 19 títulos , incluindo cinco Premier Leagues, cinco Copas da Inglaterra e duas Ligas dos Campeões.

A partir de agora, o oligarca tem mais 90 dias para agir antes que o governo britânico possa entrar com uma ação judicial. Alguns partidos, como os Liberais Democratas, querem que esse prazo seja reduzido para até o final de dezembro. A briga deve se estender. Mas, com certeza, a notícia de que Abramovich vai ter que entregar o dinheiro por bem ou por mal já foi boa o suficiente para muitos torcedores do rival Arsenal.

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