O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra o ano em situação melhor do que se projetava no primeiro semestre. É o que indicam os dados mais recentes de avaliação analisados pelo editor José Benedito da Silva no programa Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal. Entre maio e dezembro, a desaprovação caiu de 57% para 49%, enquanto a aprovação subiu de 40% para 48%, um movimento considerado expressivo (este texto é um resumo de trecho do vídeo acima).
Os números mostram uma recuperação relevante ao longo do ano, ainda que o cenário permaneça de forte polarização.
O que explicam os números de aprovação e desaprovação?
Segundo José Benedito, a melhora nos indicadores reflete uma estabilização da popularidade presidencial no fim do ano. Em maio, o governo enfrentava um patamar elevado de rejeição, que colocava em dúvida a viabilidade eleitoral de Lula no futuro.
“Aqueles 57% de desaprovação era muito alto. Um presidente com esse índice jamais seria eleito”, avaliou. O recuo desse percentual ao longo dos meses alterou significativamente o cenário político.
Como o governo conseguiu se recuperar?
Na análise do editor, parte relevante da recuperação não se deveu a iniciativas inéditas do governo, mas a falhas da oposição, que acabaram abrindo espaço para Lula crescer em aprovação.
O governo, segundo ele, enfrentava dificuldades claras no início do ano, com poucas saídas além de programas sociais já conhecidos, que não produziam mais o mesmo impacto político de outros períodos. Faltavam ideias novas e havia a percepção de um governo “nas cordas”.
Ainda assim, episódios ao longo do ano favoreceram o Planalto, permitindo uma recuperação gradual dos índices de aprovação.
O governo termina fortalecido?
Apesar da melhora, José Benedito pondera que o governo encerra o ano longe de um cenário confortável. A estabilização dos números não elimina a divisão profunda do país.
O próprio presidente, segundo ele, reconheceu essa clivagem ao comparar o cenário político a clássicos do futebol. O Brasil segue rachado entre os que aprovam e os que rejeitam o governo, em proporções praticamente equivalentes.
O que esse cenário indica para 2026?
A divisão do eleitorado é vista como um fator central para a próxima eleição presidencial. Para José Benedito, esse equilíbrio torna viável o surgimento de um candidato competitivo da oposição em 2026.
Mesmo com a melhora nos índices, o governo Lula termina o ano sem hegemonia política e com um país polarizado, o que mantém aberto o jogo eleitoral para os próximos anos.
VEJA+IA: Este texto resume um trecho do programa audiovisual Ponto de Vista (confira o vídeo acima). Conteúdo produzido com auxílio de inteligência artificial e supervisão humana.