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EUA anunciam novas sanções contra família de Maduro e miram ‘narco-sobrinhos’

Os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra a Venezuela, desta vez mirando três sobrinhos do ditador Nicolás Maduro e sua esposa, Cilia Flores. A medida foi anunciada pelo Departamento do Tesouro americano na quinta-feira 11, em um comunicado que também estabelece restrições contra seis petroleiros do país. O episódio abre um novo capítulo na escalada da pressão americana contra Caracas.

“Nicolás Maduro e seus associados criminosos na Venezuela estão inundando os Estados Unidos com drogas que envenenam o povo americano”, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent. “Sob a liderança do presidente Trump, o tesouro está responsabilizando o regime e seu círculo de comparsas e empresas por seus crimes contínuos”, finalizou.

Descritos pelo Departamento do Tesouro como “narco-sobrinhos”, Franqui Flores, Carlos Flores e Efraín Campo Flores são parentes da primeira-dama, Cilia. A partir de quinta-feira, terão o acesso negado a qualquer ativo financeiro ou propriedade em território americano. Além disso, as sanções preveem penalização para qualquer negócio ou cidadão dos Estados Unidos que tiver relações com o trio.

Franqui e Efraín são velhos conhecidos de Washington. Ambos foram presos pela DEA, a agência anti-drogas dos Estados Unidos, quando estavam no Haiti em 2015. Um ano depois, eles foram condenados por venda de cocaína, sendo sentenciados a 18 anos de prisão, mas foram libertados em 2022, após uma troca de prisioneiros entre Caracas e o governo do então presidente democrata Joe Biden.

O terceiro sobrinho, Carlos, foi acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na empresa estatal de petróleo venezuelana, a PDVSA, onde ocupou os cargos de tesoureiro nacional e vice-presidente de finanças. Ele já havia sido alvo de sanções em 2019, mas teve o nome retirado da Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas em 2022, como parte de um esforço de reaproximação entre Caracas e Washington.

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As medidas também miram o setor petrolífero do país. A nova lista de restrições envolve seis empresas ligadas ao setor de petróleo e o panamenho Ramon Carretero Napolitano, acusado de facilitar a exportação da commodity em nome do governo Maduro. Outros seis petroleiros foram sancionados, acusados de envolvimento com “continuar fornecendo recursos financeiros para alimentar o corrupto regime narcoterrorista de Maduro”.

Nenhum dos petroleiros penalizados navega sob bandeira venezuelana. Quatro deles circulam nos mares com a flâmula do Panamá, os outros dois adotaram os símbolos das Ilhas Cook e de Hong Kong. De acordo com documentos internos de navegação da PDVSA, todas as embarcações exportaram petróleo bruto da Venezuela recentemente.

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Petróleo

Desde que voltou à Casa Branca no início de 2025, Donald Trump escalou a pressão contra o regime Maduro. Sua administração mobilizou ativos militares na costa venezuelana e realizou mais de 20 ataques contra embarcações que supostamente teriam ligação com o narcotráfico, resultando na morte de quase 90 pessoas. Também crescem os temores de uma invasão à Venezuela.

Os EUA subiram um degrau nas medidas contra o regime bolivariano na quarta-feira 10, ao apreender o navio petrolífero Skipper nas águas do Caribe — e há mais operações do tipo vindo por aí, segundo informações da agência de notícias Reuters. Questionada sobre o assunto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que não comentaria planos futuros, embora tenha deixado claro que os Estados Unidos tomarão medidas contra o petróleo venezuelano.

“Não vamos ficar parados assistindo embarcações sancionadas navegando pelos mares com petróleo do mercado negro, cujos lucros alimentarão o narcoterrorismo de regimes rebeldes e ilegítimos ao redor do mundo”, declarou Leavitt.

Para Maduro, a apreensão do petroleiro “desmascarou” as intenções verdadeiras de Washington, afirmando que o objetivo da movimentação militar de Trump ao redor da Venezuela visa os recursos do país. “É o petróleo que eles querem roubar, e a Venezuela vai proteger seu petróleo”, disparou. Segundo o ditador, o ato inaugura uma nova era de “pirataria naval criminosa no Caribe”.

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