O Procon-SP notificou desde quinta-feira, 11, a Enel depois do apagão que atinge vários bairros da capital e da Grande São Paulo há mais 50 horas. A entidade quer que a empresa explique, de forma clara, qual é a estrutura real de atendimento e qual o plano de contingência para situações como a de agora.
Enquanto a Enel afirma ter “milhares de equipes” nas ruas, consumidores relatam demora no retorno da energia, segundo o Procon identificou. Nesta sexta-feira, 12, 800 mil imóveis ainda permaneciam sem luz, na capital paulista. Segundo a Fecomércio, o prejuízo para o comércio e serviços da cidade ultrapassa 1 bilhão de reais.
O Procon-SP pede detalhes sobre o reforço no atendimento para registrar reclamações, o plano de resiliência que a empresa costuma mencionar sem nunca abrir os números e as ações emergenciais para comerciantes que lidam com produtos perecíveis, além de clientes que dependem de aparelhos de suporte à vida. A Enel tem seis dias para responder.
O que fazer para reclamar da falta de energia
O caminho começa na própria Enel. O consumidor precisa registrar a falta de luz, pedir ressarcimento se houver prejuízo e guardar todos os protocolos. Segundo o Procon-SP, fotos ajudam, seja da perda de alimentos, seja de aparelhos queimados.
Se a empresa não responder dentro do prazo da Aneel ou der uma solução incompleta, o próximo passo é acionar o Procon-SP. O órgão pode cobrar uma resposta imediata da concessionária e abrir processo para reparação dos danos. Persistindo o problema, o caso vai para a Justiça, onde o consumidor pode pedir indenização por danos materiais e morais, usando notas fiscais, laudos e registros como prova da falha na prestação de um serviço essencial.