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Suécia envia militares para o norte da Finlândia em resposta a tensões com a Rússia

A Suécia decidiu nesta segunda-feira, 8, enviar unidades militares para o norte da Finlândia, em mais um passo da expansão da presença da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Ártico — região que voltou ao centro das preocupações da aliança desde a invasão russa da Ucrânia.

A mobilização acontece menos de dois anos após os dois países nórdicos aderirem ao bloco militar. O reforço pode evoluir para um pequeno destacamento permanente em solo finlandês, segundo autoridades de Estocolmo, e atende ao pedido de Helsinque por maior solidariedade diante do aumento de atividades russas na fronteira.

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De acordo com o comandante sueco Michael Carlen, o contingente de tropas será ajustado conforme a situação no terreno. Atualmente, entre 500 e 800 soldados da Otan atuam na área — número que pode chegar a 5 mil se o quadro se deteriorar. Rovaniemi, cidade próxima ao Círculo Polar Ártico, desponta como provável base para a presença sueca contínua.

A medida reflete a preocupação crescente dos países nórdicos após episódios que viram drones e aeronaves russas invadindo o espaço aéreo de Estados-membros da União Europeia. O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, afirmou recentemente que a pressão russa representa uma “ameaça híbrida” com impacto para toda a Europa, ecoando as palavras de sua colega da Dinamarca, Mette Frederiksen.

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Na semana passada, Finlândia, Dinamarca e Suécia passaram a ser coordenadas pelo Comando Conjunto da Otan em Norfolk, nos Estados Unidos — uma mudança que reorganiza o controle militar de toda a região nórdica. A cerimônia de transição em Helsinque reuniu o presidente finlandês, Alexander Stubb, e o almirante Douglas G. Perry, que destacaram o peso estratégico crescente do Ártico.

A entrada recente de Finlândia (2023) e Suécia (2024) na Otan encerrou décadas de neutralidade militar e dobrou a extensão da fronteira direta da aliança com a Rússia. O reposicionamento atual faz parte do esforço de fortalecer o flanco norte do bloco em meio à guerra na Ucrânia, que Vladimir Putin diz ter iniciado para conter o avanço ocidental em direção ao leste, mas que só fez fortalecer o militarismo europeu.

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