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Netanyahu e Trump marcam reunião em 29 de dezembro sobre nova etapa da trégua em Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 29 de dezembro, anunciou o governo israelense nesta segunda-feira, 8. Na véspera, o premiê adiantou que conversaria com o republicano sobre os próximos passos para a segunda fase do frágil acordo de cessar-fogo em Gaza, implementado em outubro. De lá para cá, ambos os lados da guerra trocaram acusações sobre violações dos termos. Ao menos 367 pessoas foram mortas em ataques israelenses desde a trégua.

“O primeiro-ministro se reunirá com o presidente Trump na segunda-feira, 29 de dezembro, e eles discutirão os próximos passos e fases, bem como a força internacional de estabilização do plano de cessar-fogo”, disse a porta-voz do governo de Israel, Shosh Bedrosian, em coletiva. 

O plano de 20 pontos elaborado por Trump não é claro sobre a cronologia das propostas. Há uma série de expectativas em jogo: o desarmamento e expulsão dos membros do Hamas, que receberiam anistia; a formação do Conselho de Paz, liderado por Trump e com a participação de outras autoridades internacionais, que comandará a reconstrução de Gaza e traçará o caminho para uma nova governança; e, quem sabe, a criação do Estado da Palestina — uma zona cinzenta do documento. Israel rejeita a ideia, ao passo que os radicais têm o estabelecimento do território como uma demanda inexorável.

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Futuro incerto

Para além dos pontos de interrogação sobre o plano, cresce a preocupação a respeito sobre a instabilidade na região. No sábado, 6, os principais mediadores do acordo alertaram sobre a importância de avançar no acordo antes que este entre em colapso. Durante uma conferência sobre como alcançar a paz em Gaza, organizada em Doha, capital catari, representantes dos governos da Turquia, Egito e Catar condenaram as violações israelenses e advertiram que o cessar-fogo passa por um momento “crítico”.

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“Não será uma trégua até que as tropas israelenses se retirem completamente, até que Gaza tenha estabilidade e até que os habitantes de Gaza possam entrar e sair livremente, o que ainda não acontece”, disse o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al Thani.

Em paralelo, o embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Mike Waltz, participa de encontros em Israel como parte de uma visita diplomática que se estende até esta quarta-feira, 10. Ele se reuniu com o rei Abdullah II, da Jordânia, e com as lideranças israelenses — Netanyahu e o presidente Issac Herzog.

A viagem reflete o “firme compromisso dos Estados Unidos em promover a estabilidade regional, implementar o plano de 20 pontos do presidente Trump para Gaza e avançar os objetivos da Resolução 2803 do Conselho de Segurança da ONU, que define o caminho a seguir para a região”, disse o porta-voz de Waltz em comunicado.

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