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Países da UE sobem tom em apelo para financiar Ucrânia com ativos russos congelados

Líderes de sete Estados-membros da União Europeia fizeram um novo e contumaz apelo para que o bloco avance rapidamente com a proposta de utilizar ativos russos congelados em bancos europeus para financiar os esforços de guerra da Ucrânia. O pedido foi feito por meio de uma carta enviada às lideranças do bloco nesta segunda-feira, 8.

“Devemos avançar rapidamente com as propostas da Comissão para usar os saldos de caixa dos ativos imobilizados da Rússia para um empréstimo de reparações à Ucrânia”, exorta o documento, encaminhado ao presidente do Conselho Europeu, António Costa, e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

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Assinada por representantes da Estônia, Finlândia, Irlanda, Letônia, Lituânia, Polônia e Suécia, a carta também afirma que “apoiar a Ucrânia em sua luta pela liberdade e independência não é apenas uma obrigação moral — também é do nosso próprio interesse”.

O pedido veio após a Comissão Europeia apresentar, na quarta 3, um plano para utilizar 90 bilhões de euros (mais de R$ 568 bilhões, na cotação atual) das reservas de Moscou para cobrir dois terços das necessidades de Kiev projetadas para o período até 2027 — uma espécie de “empréstimo de reparação” para solucionar o problema gerado pelo déficit financeiro ucraniano.

Ressalva belga

No entanto, a medida levantou objeções por parte da Bélgica, nação que detém a maior parte dos fundos russos e teme processos judiciais. Anteriormente, o primeiro-ministro belga, Bart De Wever, havia dito que a utilização dos ativos seria “fundamentalmente errada” e colocaria o país na mira de tribunais, correndo o risco de responder a ação que poderiam chegar aos bilhões de euros.

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De acordo com o portal de notícias Politico, os países-membros da União Europeia se comprometeram a garantir até 210 bilhões de euros (R$ 1,3 trilhões) em salvaguardas, divididas proporcionalmente para aliviar as preocupações de Bruxelas no caso de um futuro ressarcimento a Moscou.

Na sexta-feira 5, o chanceler alemão, Friedrich Merz, viajou até Bruxelas para um jantar com De Wever, onde garantiu que a Alemanha contribuiria com a maior parcela entre os países do bloco, correspondendo a 25% do mecanismo de salvaguarda.

“A preocupação específica da Bélgica sobre como utilizar os ativos russos congelados é inegável e deve ser abordada em qualquer solução concebível, de forma que todos os Estados europeus assumam o mesmo risco”, disse Merz.

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