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Abin Paralela foi usada para obter informações sobre facada em Bolsonaro

O relatório divulgado pela Polícia Federal, nesta quarta-feira, 18, sobre a chamada Abin paralela, utilizada para arapongagem ilegal no governo Bolsonaro, mostra que a Agência Brasileira de Inteligência também foi usada para a obtenção de informações sobre o caso envolvendo Adélio Bispo, autor da facada no ex-presidente em 2018.

Segundo o documento, os indícios encontrados mostram a intenção de interferência na PF. ‘As anotações de Alexandre Ramagem [diretor-geral da Abin] revelam os interesses de ações realizadas na Polícia Federal. Nestas anotações, foi possível observar referências à investigação envolvendo “Adélio Bispo”. Além disso, as anotações dirigias (sic) ao Presidente da República reforçam a tentativa de interferência na Polícia Federal’. Em uma mensagem, que consta no relatório, o deputado federal afirma: ‘coloquei na PF a linha de que essa investigação tem que ser toda verificada desde o início’.

No dia 10 de março de 2022, Ramagem determinou ao subordinado Marcelo Bormevet que realizasse uma análise dos dados disponíveis relacionados ao “Caso Adelio”. O deputado federal pediu informações sobre as condições dele no sistema prisional e a quebra do sigilo telefônico do advogado.

Em depoimento, Ramagem disse que participou de reuniões com  representantes da Polícia Federal sobre a apresentação do ‘caso Adélio’, mas que não se recordava de informações que foram compartilhadas.

À época, a PF concluiu que Adélio agiu sozinho e por motivação política. O ex-presidente chegou a questionar essa versão afirmando que o autor da facada não teria condições de agir apenas como um ‘lobo solitário’.

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