Aguardada produção do Prime Video para 2026, a série documental Marília Mendonça: Sentimento Louco, contará a história da cantora através de depoimentos de Zezé di Camargo, Maiara e Maraísa, Paula Fernandes e familiares, além de outros nomes da música sertaneja. O projeto tem direção de Susanna Lira, que conversou com a coluna GENTE durante o Fest Aruanda 2025, em João Pessoa (PB).
Em que pé anda o projeto sobre a Marília? Filmei, passei três meses esse ano em Goiânia, indo e voltando, mas filmei. Estou fazendo a série documental de quatro episódios. A gente já está na montagem do terceiro. Em breve teremos o quarto episódio e começaremos a finalizar ao longo do ano. Acredito que novembro do ano que vem a gente estreie.
Depois da morte, houve toda essa discussão sobre a questão de herança, de briga da família. Isso também está na obra? Não. O recorte que fiz é até a morte da Marília, porque a gente quer falar da obra dela. E essas coisas mudam o tempo inteiro. Qualquer coisa que a gente fosse falar após a morte da Marília, em relação a questões jurídicas, ia ficar velho para a série. O filme termina com a morte dela e com o legado, porque ela ganhou inclusive um Grammy pós-morte. Continua nas paradas de sucesso, como uma das mais tocadas no Brasil. Marília tem números ainda muito impressionantes, mesmo depois de quatro anos que já morreu.
A mãe e o ex-marido estão no projeto? Isso, os dois.
E quem é essa Marília que você vai mostrar? Vai surpreender muita gente. As pessoas tinham uma ideia da Marília, e vamos mostrar também essas contradições de temperamento. Marília tinha temperamento bastante intenso. A gente vai falar de músicas inspiradas em pessoas reveladas pela primeira vez. Vamos mostrar um pouco dessa genialidade dela já tão cedo, antes da fama. A relação dela com o pai, que morreu quando ela era muito jovem. A família entra num processo de decadência financeira grande ali.
Ela tinha um posicionamento feminista dentro de um universo musical machista. Isso também está presente no filme? Totalmente presente, até porque Marília, no início da carreira, não era feminista. Ela tinha medo desse meio conservador do sertanejo. Depois ela faz um encontro com o feminismo muito interessante, onde se posiciona e muitas pessoas do público dela não aceitam. E era uma super feminista, porque levava outras mulheres junto, ela fortalecia parcerias de trabalho.