O relatório da Polícia Federal sobre a Abin paralela cita mensagens obtidas pelos investigadores que mostram uma possível ação de espionagem articulada pelo esquema criminoso contra um homem ligado ao ministro Flávio Dino, do STF, quando este ainda era apenas um aliado de Lula nas eleições de 2022.
A espionagem contra o alvo é classificada, pelos investigados como “uma informação importante” para o “PR”, como Jair Bolsonaro era descrito pelos integrantes do esquema.
“Em 19/10/2022, às vésperas do segundo turno das Eleições Gerais de 2022, Marcelo Bormevet solicita consultas a Giancarlo Gomes Rodrigues relacionadas a Leonardo Cunha de Oliveira, justificando no fato de que ‘Chegou uma info importante Pro PR’ (Jair Bolsonaro). Em seguida, ele afirma que o alvo é um fotógrafo ligado ao então candidato eleito ao Senado Federal Flávio Dino. O motivo: ‘estaria em Brasília, no gabinete do ódio de Nine’”, diz o relatório da PF.
Para a PF, as mensagens revelam a ação da estrutura ilegal de espionagem para “interesse do núcleo político” do esquema, dias antes do segundo turno das eleições presidenciais.