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Robô táxi atropela gato e provoca revolta

A morte de um gato chamado KitKat provocou revolta entre os moradores da cidade de São Francisco, na Califórnia. Tudo porque a partida do bichano foi culpa de um carro autônomo da empresa Waymo — e se não ficou claro ainda do que estamos falando,  trata-se de um veículo sem motorista humano ao volante, conhecido também como robô táxi.

É que, não só o culpado pela morte foi uma IA, como o gato em questão era a paixão de um monte de gente. Segundo o jornal New York Times, KitKat morava num mercadinho da rua 16, num bairro chamado Mission, e era o xodó da clientela: um levava salmão para ele com frequência, outro mandava foto do bichinho para a mãe diariamente… Ele era até conhecido como “prefeito da rua 16”.

Daí fica tudo mais pesado, em termos emocionais, certo? De um lado, a frieza de um automóvel robô. Do outro, o gatinho rajado fofo que muita gente amava. Cartazes convocando as pessoas a boicotar os carros se espalharam pelo bairro de KitKat.

Como foi o acidente

Na noite de 27 de outubro, o gato correu repentinamente para baixo do veículo no momento em que o carro iniciava uma manobra para atender um passageiro. Uma testemunha relatou que a roda traseira atingiu KitKat, que morreu pouco depois.

O acidente deu início a uma movimentação de moradores contra os robôs táxis. Existem na região de São Francisco cerca de 1000 carros desse tipo, todos operados pela Waymo (pertencente à Alphabet, leia-se Google).

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O que dizem os revoltados contra carros de IA

Quem pegou ranço da Waymo alega que os veículos autônomos tiram passageiros do sistema público de transporte, aumentando o tráfego e diminuindo arrecadação para enriquecer ainda mais bilionários do Vale do Silício. Apontam também que tiram empregos de seres humanos. E, quem tem aversão totalmente, costuma achar péssima a ideia de um carro sem gente ao volante.

KitKat, o gato vitimado pelo carro autônomo em São Francisco: bichano tinha seis anos de idade e era chamado de
KitKat, o gato vitimado pelo carro autônomo em São Francisco: bichano tinha seis anos de idade e era chamado de “prefeito da rua 16”./Reprodução

Existe também a questão da responsabilização. É um debate sério sobre IAs a questão de entender (e efetivamente punir) de quem é a culpa em acidentes sem humanos ao comando.

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E os defensores dos carros de IA, o que alegam?

Em linhas gerais, pessoas favoráveis aos automóveis de IA destacam estatísticas que buscam reforçar a segurança deles. Por exemplo, no último ano carros conduzidos por humanos mataram 43 pessoas em São Francisco – e os táxis robô, nenhuma.

Segundo entidades que acolhem animais como uma que se chama Animal Care and Control, centenas de bichos são mortos por carros dirigidos por pessoas todos os anos.

Defensores dos táxis autônomos apontam, ainda, que muitas mulheres se sentem mais seguras em carros do tipo do que nos guiados por algum homem aleatório.

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É uma questão bem delicada, que tem afetado a operação da Waymo na cidade e devia servir para que a empresa deixe os carros ainda mais eficientes. Há quem defenda a implantação de sensores embaixo dos carros, por exemplo.

A Waymo afirmou lamentar o ocorrido e anunciou uma doação a uma ONG de proteção animal.

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