Até o fim de 2026, o BNDES vai liberar 6 bilhões de reais por meio do Fundo Rio Doce, dos quais 2 bilhões de reais ainda neste ano. O dinheiro vai para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), há dez anos.
Em 5 de novembro de 2015, milhões de metros cúbicos de rejeitos escoaram pelo rio Doce, afetando dezenas de municípios e chegando até o litoral do Espírito Santo.
Os recursos do fundo têm como destino o programa de transferência de renda para pescadores e agricultores, o fortalecimento da assistência social e para investimentos em saúde.
Além disso, em 2026, o BNDES deve começar a executar projetos envolvendo ações ambientais previstas no acordo de reparação.
Os aportes têm origem na indenização paga pela Samarco, em um total de 100 bilhões de reais, com desembolsos parcelados ao longo de vinte anos.
Desse total, 49 bilhões de reais envolvem ações de responsabilidade da União e serão aportados no Fundo Rio Doce, sob gestão do BNDES.
“Criamos uma área específica no BNDES para o enfrentamento de eventos extremos, que serão mais comuns com as mudanças climáticas, como aconteceu com o Rio Grande do Sul”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“E montamos um escritório em Belo Horizonte para atender prontamente a população dos 49 municípios dos dois estados atingidos”, acrescenta.