Considerado um dos arquitetos mais importantes do mundo, o canadense Frank Gehry morreu nesta sexta-feira, 5, aos 96 anos, em sua casa em Santa Monica, na Califórnia, vítima de uma doença respiratória. Autor de obras icônicas como o Museu Guggenheim Bilbao, na Espanha, ele deixa um imenso legado para a arquitetura contemporânea. Gehry era conhecido pelo estilo desconstrutivista, que o levou a ousar nas formas estruturais e a transformar edifícios em verdadeiras obras de arte.
Ainda jovem, mudou-se para Los Angeles, onde estudou arquitetura. Em 1962, fundou seu próprio escritório e, a partir daí, desenvolveu o estilo singular, que virou uma marca registrada, facilmente reconhecida nos cenários urbanos. Nas fachadas, usava formas esculturais, recortes inesperados e materiais incomuns como titânio e metal ondulado. Ao longo de sua trajetória, recebeu os principais prêmios da área, incluindo o Pritzker, e criou projetos que se tornaram referências mundiais, como a Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, e o Vitra Design Museum, na Alemanha.
A importância das obras ultrapassa a estética: Gehry redefiniu o papel da arquitetura contemporânea ao transformá-la em experiência emocional, cultural e urbana. O chamado “efeito Bilbao”. A inauguração do museu, em 1997, impulsionou a revitalização da cidade espanhola , tornou-se o maior exemplo do poder da arquitetura, capaz de influenciar turismo, economia e identidade local. Visionário, influente e profundamente original, Gehry deixa um legado que continuará moldando o pensamento arquitetônico por gerações.