O deputado federal por São Paulo e presidente do partido Solidariedade, Paulinho da Força, disse para VEJA que acredita que a candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República em 2026 acabará sem alianças e apoios por dividir as legendas de centro e de direita, e não unI-las como outras eventuais candidaturas poderiam fazer.
“Ser candidato é direito de todo cidadão brasileiro que queira ser candidato. É lógico que precisa ter um partido. No caso dele [Flávio], tem o PL. E eu acredito que se o PL der legenda para ele, será provavelmente o único partido que vai apoiá-lo. Os demais partidos, com certeza, não irão nessa candidatura. Portanto, acho que é uma candidatura que divide o centro divide e a direita. E só tem um beneficiado nisso: o Lula, a candidatura [de reeleição] do Lula”, disse Paulinho da Força ao ser questionado sobre o último movimento do PL.
No meio da tarde desta sexta-feira, 5, o PL e Flávio confirmaram que o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou seu filho mais velho pra representá-lo nas urnas em 2026. Bolsonaro está preso, cumprindo pena de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de estado e ficará inelegível até o fim da pena.
Flavio afirmou se sentir honrado pela indicação e disse que vai trabalhar para se eleger. Outros líderes e nomes importantes do bolsonarismo também comentaram a novidade, oferecendo apoio e dizendo que vão seguir a determinação do ex-presidente.
Já o governo e parlamentares de esquerda disseram concordar com Paulinho da Força, vendo a situação como mais um elemento de vantagem para Lula.
