Advogados do deputado estadual paulista Lucas Bove (PL) pediram à Justiça a abertura de investigação por suposta desobediência da influencer Cíntia Chagas, ex-mulher do parlamentar, por divulgar informações de um processo em que acusa o político de agressão. Pelas redes sociais, a influenciadora apontou censura.
Segundo os defensores de Bove, a Justiça impôs a a proibição de divulgar informações constantes em processo sigiloso. “No entanto, mesmo após a ordem judicial, a implicada constantemente publica em suas redes sociais informações sigilosas vinculadas aos fatos mentirosos em apuração, desobedecendo a ordem judicial, razão pela qual a defesa requereu única e exclusivamente a instauração de inquérito policial para apurar o delito de desobediência, bem como que fosse formulada ressalva de expressa proibição de novas publicações, e não a decretação de prisão preventiva”, diz a defesa de Bove no pedido.
Os advogados do parlamentar adiantaram também que pedirão à Justiça apuração para chegar até a pessoa responsável por vazar a petição no processo sigiloso, o que pode caracterizar crime. As publicações, por meio de veículos de comunicação, têm respaldo constitucional de liberdade de imprensa.
Pelas redes sociais, a influencer Cíntia Chagas apontou censura por parte do ex-marido e criticou a legenda de Bove. “Eu não recebi nenhum apoio do PL Mulher. O Brasil, da direita à esquerda, apoia-me. Todavia, o PL Mulher ainda não se manifestou sobre a tentativa de cerceamento do meu direito de ajudar as mulheres vítimas de violência doméstica”, afirmou em uma das publicações feitas nesta terça-feira, 17. A influenciadora, conhecida por ensinar e dar dicas de como falar a língua portuguesa de maneira correta, ainda publicou um questionamento sobre a situação. “É para apanhar calada? Não vamos apanhar caladas”, registrou em outra postagem.
No dia 6 de junho, Chagas publicou um vídeo sobre violência doméstica. Na legenda, a influenciadora diz que “Mulheres bem-sucedidas também apanham… Não espere a sua vergonha se tornar maior do que o seu amor-próprio”.