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Eleição indireta e caminho aberto para Castro: as consequências políticas da prisão de Bacellar

A prisão de Rodrigo Bacellar (União Brasil) pela Polícia Federal impacta diretamente a sucessão do governador Cláudio Castro (PL), em 2026. Em teoria, o afastamento do atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), abre ainda mais o caminho para uma candidatura de Castro ao Senado.

O chefe do Guanabara não esconde de ninguém o desejo de deixar o governo em abril para concorrer a uma das duas vagas disponíveis para a Câmara Alta, mas hesitava em sair da cadeira para dar lugar ao deputado, com quem rompeu no meio deste ano. Como o Rio não tem mais vice – Thiago Pampolha, numa jogada política, virou conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) -, o próximo na linha sucessória é o comandante do Legislativo estadual. Castro chegou a dizer publicamente que havia desistido da candidatura, mas agora o cenário é outro.

Briga e mandato-tampão

A relação dos dois ex-aliados azedou de vez em julho, quando Bacellar assumiu o cargo de maneira interina e demitiu o secretário de Transportes, Washington Reis, sem qualquer aviso prévio, durante uma viagem do governador ao exterior. De lá para cá, Castro vem se desdobrando para tentar impedir que o deputado desmonte toda a máquina vigente, às vésperas da corrida eleitoral.

Pelas regras de sucessão cabe ao presidente da Alerj convocar eleição indireta para eleger o próximo governador, em um mandato-tampão, até a posse, em janeiro de 2027, do representante eleito pelo povo. O próprio interino pode se candidatar e, como Bacellar conta com amplo apoio de seus colegas (foi reeleito por unanimidade), teria grandes chances de conseguir o cargo. O grupo de Castro já vinha se mexendo para evitar a manobra, cogitava-se até uma nomeação para o TCE que contemplasse o ex-aliado.

De olho na máquina do estado

A prisão, contudo, muda todo o cenário. Quem assume no lugar de Bacellar, pelo menos temporariamente, é o vice-presidente da Casa, Guilherme Delaroli (PL). A pergunta que todos fazem nas primeiras horas nos corredores da Alerj é se ele será fiel ao colega, ou se trabalhará para se manter no cargo, já que há tanto em jogo.

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Outro nome ventilado para suceder Castro é o do chefe da Casa Civil, Nicola Miccioni, considerado um homem técnico e não político. Ele poderia garantir a manutenção da estrutura montada pelo atual governador, crucial para a campanha do ano que vem.

No calor do momento, as especulações são maiores que as certezas.

 

 

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